Bart vs. The Space Mutants | A estreia dos Simpsons nos videogames

Bart vs. The Space Mutants foi desenvolvido por Imagineering e Arc Developments e publicado por Acclaim. Foi lançado em 1991 nos sistemas NES, Amiga, Amstrad CPC, Atari ST, Commodore 64, ZX Spectrum, Mega Drive, Master System e Game Gear.


Bart Simpson foi um grande ícone rebelde dos jovens nos anos noventa. Nessa década, em que muitas das transgressões iniciadas em anos anteriores se cristalizavam, o jovem da classe média desejava andar com seu skate pelas ruas suburbanas, passar trotes engraçados e ser o cara descolado da escola. Então, antes de ter o protagonismo da série roubado por Homer Simpson, o seu pai, Bart foi a grande estrela dos diversos produtos licenciados dos Simpsons. Isso inclui, claro, os videogames. E tivemos muitos deles!

Estreia nos videogames

Bart vs. The Space Mutants foi a estreia da série animada nos videogames, que chegou para surfar na altíssima popularidade de seus personagens. No estilo mais popular da época, a plataforma 2D com rolagem lateral, o jogo nos coloca na missão de combater os mutantes espaciais que dão título à obra. Esses alienígenas chegaram por aqui para tentar conquistar o planeta e para isso se disfarçaram de humanos. Para chegar ao seu objetivo final, eles precisam coletar objetos bem específicos e insuspeitos por toda cidade de Springfield. Mas a humanidade está num dia de sorte. O garoto-problema Bart Simpson possui os itens e as habilidades necessárias para derrotar os malvados seres do espaço: um par de óculos de raio x que detecta os não-humanos, um tubo de spray de tinta vermelha e muita, muita ousadia. E pesar que Homer achou a compra desses óculos um mau negócio. Que bobão!

E esse é o desafio de Bart vs. The Space Mutants. Você deve controlar Bart por cenários conhecidos da série detectando os alienígenas, pintando objetos roxos com seu spray e coletando alguns outros bem absurdos, como placas que indicam saída, chapéus e hastes radioativas da usina nuclear. O jogo é dividido em cinco fases, cada uma com seu objeto alvo. Ao final das quatro primeiras você enfrentará um chefe. Nesses momentos você poderá contar com a ajuda de um de seus familiares, mas, para isso, terá que “convencê-los” ao longo da fase.

Mas… tudo isso é bom? Creio que não muito.

Jogando Bart vs. The Space Mutants

Para os jogadores que estavam alucinados com a rapidez de Sonic, recém-lançado à época, ou mesmo acostumados com os jogos da série Mario, mais lento, mas repleto de momentos de ação, Bart vs. The Space Mutants era uma dose de monotonia. O jogo te limita a encontrar objetos pelo cenário, mover alguns itens, desviar de outros e encontrar a solução para prosseguir para a próxima etapa. A única, e vaga, sensação de ação está na primeira fase, com a pichação de objetos nas ruas de Springfield. Nas demais, limitadas quase que exclusivamente à coleta de itens, a tentativa de quebra da monotonia vem de fracos mini-games encontrados ao longo do percurso.

Bar do Moe

A dificuldade também é um empecilho. O jogo é mal balanceado e até quebrado em certas partes. Alguns desafios pontuais, se perdidos, comprometem a sua progressão na fase. As lutas contra os chefes também não gozam de equilíbrio, o que faz com que o auxílio de alguém da família Simpson seja quase um pré-requisito para derrotá-los. Porém, para ter esse auxílio é necessária a descoberta de alguns segredos e a realização de tarefas na fase em questão, o que também não é fácil. Sobretudo se você estiver jogando pela primeira vez e sem auxílio externo.

Ha-ha! Chefão

Algum alento vem da possibilidade do fã da franquia em poder controlar Bart por lugares conhecidos da série. Os cenários são bonitos e vivos e realmente passam a impressão de você estar passeando pela Springfield vista na série de televisão. Mas não há muito além disso. Bart vs. The Space Mutants é o típico produto licenciado de uma grande marca que não vai agradar muitos além da base de fãs mais fervorosos.

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